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segunda-feira, 16 de maio de 2011

O GUITARRISTA E PRODUTOR RODRIGO OLIVERA fALA DE SUA CARREIRA E DO LANÇAMENTO DE SEU CD " SEVEN "



Em 10 anos de estrada, Rodrigo Olivera acumula em seu currículo varias participações em eventos de diversos cantores e bandas como: Identidade Secreta, Missão Resgate, Marcos Pavan, Grupo Altos Louvores, Carlinhos Felix, Val Martins, Leoni, Toni Platão, Alan Hortz (Ídolos), Eternal Flame e Renato Rocha (legião Urbana). Trabalhou também como auxiliar do maestro Fabiano Monteiro na Vila Olímpica da Maré e em produções, gravações e aulas em diversas escolas do Rio de Janeiro. Trabalhou como produtor de palco e músico da banda Rio Babilônia, onde realizou eventos em São Paulo, Minas Gerais e todas as grandes casas de espetáculos do Estado do Rio de Janeiro.

Atualmente, Rodrigo é professor particular de guitarra e atende a escolas e projetos sociais do Rio de Janeiro e municípios próximos.  É também guitarrista da banda Base Forte com quem está lançando e divulgando o EP intitulado "Equilíbrio". Realiza produções e gravações em seu estúdio no Rio de Janeiro

Rodrigo Olivera ministra workshops e master classes, divulgando seu trabalho instrumental SEVEN e falando da carreira de um músico profissional em seu dia-a-dia, do lado bom e o ruim da profissão.

Hoje, aos 30 anos, Rodrigo divide seu tempo em produções, gravações, aulas, shows e família. Sua maior certeza é que musica boa não é aquela em que você mostra o que aprendeu, e sim aquela em que é possível ver nos rostos das pessoas a emoção, sem que seja preciso que elas digam uma única palavra.




AIR – Este seu CD recebeu o nome de “SEVEN”. Como surgiu essa idéia?
Rodrigo Olivera – Eu tinha composto o riff inicial da música em um seqüenciador. Na hora de salvar, eu não tinha nenhum nome em mente, e, como era a primeira música que estava fazendo na guitarra de “7” cordas resolvi batizá-la  assim e acabei gostando do nome, que acabou virando o titulo do CD.  


AIR – Os fãs da Base Forte podem ser imprevisíveis, afinal este CD pode ter uma resposta diferente, pelo fato de ser visto apenas como um CD instrumental. Como você analisa esta situação?
Rodrigo OliveraUso a guitarra para me expressar. Sou um péssimo cantor, então minha voz sai através do instrumento. Creio que uma pessoa que não tenha algum contato com a guitarra ou música instrumental de forma geral, consiga ouvir esse tipo de CD do começo ao fim, mas quero acreditar também que aquelas que se aventuram, acabam tendo uma surpresa positiva. Se você tirar os rótulos, a MÚSICA sempre fala, mas alto.

AIR – Nesta sua passagem por todo o sudeste brasileiro podemos deduzir que os shows não serão com a sua banda, certo?
Rodrigo Olivera – Sim, é complicado. Normalmente o contratante quer o artista, mas não quer pagar muito. Um workshop de guitarra, por exemplo, os garotos verão o guitarrista, mas eles não se ligam em quem está tocando com ele. Se todos percebessem a importância de uma banda tocando bem qualquer estilo musical, acho que até nossa cultura seria diferente. Hoje os músicos que me acompanham quando posso levá-los, são: Águia batera e Hugo Luna na bateria (revezado de acordo com a agenda), Cassius Barros no baixo (essa parceria já tem mais


                                      de 10 anos) e Diego Sena ou Yuri Alonso nas guitarras. Quando eles não vão, levo os “invisíveis”! (Risos)...

AIR – Você já tocou em muitas bandas de estilos diferentes. Você não teme que alguns fãs do SEU som se manifestem negativamente?
Rodrigo Olivera – Na realidade eu gostaria sim que eles tomassem um choque de realidade e vissem que boa música não tem “rótulos”, e digo mais, acho que todo guitarrista brasileiro deveria ter contato com ritmos brasileiros. Acredite, minha mão da palhetada ficou muito mais precisa depois que passei a tocar axé, forró, funk... Se o cara gosta do meu “som”, ele vai perceber alguns desses elementos “diferentes” um dia.

AIR – Este é o seu primeiro CD solo em um intervalo de apenas dois anos da última produção com a Base forte. O que podemos esperar de novo nos shows, nas próximas produções e o que será mantido nos mesmos?
Rodrigo Olivera – Com a Base, estamos divulgando o EP EQUILÍBRIO e estamos em estúdio terminando o primeiro cd que se chama O CIRCO CAPITAL. Estamos realmente empolgados com esse projeto que leva muito da personalidade pessoal e musical de cada músico. Nos shows, teremos algumas novidades interessantes e curiosas, o que posso adiantar por hora que rock’n roll não faltará!  
AIR – Todos os membros da Base Forte e da sua Banda solo têm projetos paralelos. O quanto você acha que isto influencia quando a banda se reúne para compor visando um novo CD.
Rodrigo Olivera – Eu acho o máximo tocar com outros músicos! Sempre renova as idéias, por exemplo, cada baterista tem uma pegada, um feeling diferente, e isso também faz com que você toque diferente. Quando voltamos ao trabalho com a  banda estamos super ansiosos e borbulhando de idéias.Se isso faz a musica melhorar, é sadio e produtivo para todos!  

AIR – Os músicos da Base Forte são considerados virtuosos por muitos fãs. Partindo dessa afirmação você concorda quando dizem que a Base Forte é uma banda de músicos para ser ouvida apenas por músicos?
Rodrigo Olivera – Eu acho lamentável quando o fã só se liga na capacidade técnica do musical do músico e não aprecia sua musicalidade de forma plena. Usamos a técnica a serviço da música e não ao contrário. É muito gratificante quando o cara chega e diz, “sua música mexeu comigo”, do que as tradicionais “quantas palhetadas você consegue dar por segundo?”. E a letra, que é a mensagem principal e está acessível a todos, não só aos músicos.

AIR – Após a saída de Felipe Velozo, nenhum baixista foi efetivado no grupo. Por quê? Pretendem ter mais um membro fixo? Quais predicados esta pessoa deve ter para integrar a Base Forte?
Rodrigo Olivera – O Felipe é um grande músico, temente a Deus e um grande amigo. Fiquei triste com sua saída, mas tudo correu muito bem sem nenhum trauma. No momento temos revezado com alguns baixistas nos shows da Base, mas o cara que assumir o posto antes de qualquer coisa tem que ser um servo ativo de Cristo aqui na terra. O resto se ajeita. Tudo o que temos é presente de Dele, e tudo que fazemos é pra Ele, e isso não pode mudar.

AIR – Bem, eu não sei se você já pensou nisso, mas como você acha que ficaria o disco "O Circo Capital" se você o tivesse produzido sem o Bênlio Bussinguer? Fale sobre a sua parceria de quase oito anos com ele...
Rodrigo Olivera – Bênlio é mais que um amigo, é um irmão pra mim! Nossa parceria não começa na música, ela vem pelo respeito e admiração que temos um pelo outro. Eu realmente não faço a menor idéia de como seria “O Circo” até mesmo o “Seven” feito só por mim ou por ele.  Nossas idéias sempre se completam mesmo que leve um ano. É incrível como ele pega alguns riffs meus e transforma em uma música completa em poucos dias! Sua criatividade pra compor melodias e escrever letras é algo realmente que vem de Deus e isso me empolga muito.

AIR – Muitos associam o som da Base Forte e até mesmo o seu trabalho solo ao Dream Theater. Comparando as bandas, o que você acha disso?
Rodrigo Olivera – Acho isso bom! O DT é considerado uma excelente banda, ruim seria se fosse comparado com o Chimbinha.

AIR – O que você tem feito ultimamente? Produzindo bandas? Tocando? Algum destaque?
Rodrigo Olivera – Meu foco atual é promover o SEVEN e terminar as gravações da Base. Tenho feito alguns workshops e show como freela, tenho trabalhado muito no meu estúdio de gravação e algumas bandas realmente merecem o meu respeito. Dou um destaque especial para a Banda Mistério e Attitud Vital que são aqui do Rio de Janeiro.

AIR – Você produziu muitos discos de metal, gospel, pop... Mas qual tipo de música você ouve na sua casa?
Rodrigo Olivera – Nossa! Não se assuste, mas eu vou de Kelly Clarkson a Pantera feliz da vida! E eu não consigo parar de ouvir os CDs do Stryper.

AIR – Existe alguma banda que você gostaria de trabalhar, mas nunca foi convidado?
Rodrigo Olivera – Os caras do Stryper sempre me ligam, mas eu nunca tenho tempo! (gargalhadas gerais).

AIR – Cite alguns produtores que são do seu agrado...
Rodrigo Olivera – No pop: Rodney Jerkins. No metal: Rick Rubin. Um cara que eu acho muito bom produzindo é o Mike Portnoy.




AIR – Bom, vamos falar de Breeding Fear (Total insanity – 2009). Você trabalhou bastante com a banda, por um longo período e teve até um reconhecimento da sua produção feito pela revista Rock Brigade. Conte-nos essa história, como foi o primeiro contato com a banda, o que chamou sua atenção na música deles, etc... 
Rodrigo Olivera – Foi simples. O Leo (guitarrista da banda) apareceu no meu estúdio aqui no RJ e me falou que queria gravar. Trabalhamos uns seis meses na produção do EP da banda. Nos identificamos muito ao longo do trabalho e viramos amigos. Num desses dias ele me ligou dizendo que iriam voltar pro estúdio pra gravar o CD full. Ficamos todos muito felizes com as frases da Brigade elogiando a produção e que poderiam esperar um grande disco de metal em breve, se comparados ao EP.   

AIR – Há algum artista novo que lhe chamou atenção nos últimos anos?
Rodrigo Olivera – Novo, não! Eu olho pro mercado fonográfico e vejo tantas cópias de tantos caras bons que nem ligo se tem banda ou artista novo no momento. Claro que sempre tem um John Mayer que surge fazendo boa música por aí, existem milhares de músicos talentosos espalhados pelo mundo. O que eles esperam pra fazer novidade? Comecei a fazer uma pesquisa que rendeu bons resultados, o que os caras que eu gosto gostam de ouvir? Já descobri tantos artistas bons dos anos 80, 70, e 60 dos quais nunca tinha ouvido falar. Recomendo a todos que querem ouvir coisas novas e atuais: Voltem no tempo!

AIR – Alguma mensagem?
Rodrigo Olivera - Aproveite seu tempo para as coisas boas, estude música, não entre em competições do tipo “vamos ver quem toca mais?”. Meu pai me ensinou que a única coisa que temos de verdade nesta vida é nosso nome, e depois que formos dessa para outra vida, a única coisa que fica é o nome! Os carros, as guitarras, etc., ficarão e apodrecerão, mas seu nome ficará até Cristo voltar. Como você quer ser lembrado?
Obrigado pelo espaço e que Deus abençoe a todos.

AIR – Para finalizar, complete esta frase: A cena musical do Rio de Janeiro atualmente...
Rodrigo Olivera – Renascendo a passos de bebê, mas com a força de um búfalo. 

 
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