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Entrevistas




Em 10 anos de estrada, Rodrigo Olivera acumula em seu currículo varias participações em eventos de diversos cantores e bandas como: Identidade Secreta, Missão Resgate, Marcos Pavan, Grupo Altos Louvores, Carlinhos Felix, Val Martins, Leoni, Toni Platão, Alan Hortz (Ídolos), Eternal Flame e Renato Rocha (legião Urbana). Trabalhou também como auxiliar do maestro Fabiano Monteiro na Vila Olímpica da Maré e em produções, gravações e aulas em diversas escolas do Rio de Janeiro. Trabalhou como produtor de palco e músico da banda Rio Babilônia, onde realizou eventos em São Paulo, Minas Gerais e todas as grandes casas de espetáculos do Estado do Rio de Janeiro.

Atualmente, Rodrigo é professor particular de guitarra e atende a escolas e projetos sociais do Rio de Janeiro e municípios próximos.  É também guitarrista da banda Base Forte com quem está lançando e divulgando o EP intitulado "Equilíbrio". Realiza produções e gravações em seu estúdio no Rio de Janeiro

Rodrigo Olivera ministra workshops e master classes, divulgando seu trabalho instrumental SEVEN e falando da carreira de um músico profissional em seu dia-a-dia, do lado bom e o ruim da profissão.

Hoje, aos 30 anos, Rodrigo divide seu tempo em produções, gravações, aulas, shows e família. Sua maior certeza é que musica boa não é aquela em que você mostra o que aprendeu, e sim aquela em que é possível ver nos rostos das pessoas a emoção, sem que seja preciso que elas digam uma única palavra.




AIR – Este seu CD recebeu o nome de “SEVEN”. Como surgiu essa idéia?
Rodrigo Olivera – Eu tinha composto o riff inicial da música em um seqüenciador. Na hora de salvar, eu não tinha nenhum nome em mente, e, como era a primeira música que estava fazendo na guitarra de “7” cordas resolvi batizá-la  assim e acabei gostando do nome, que acabou virando o titulo do CD.  


AIR – Os fãs da Base Forte podem ser imprevisíveis, afinal este CD pode ter uma resposta diferente, pelo fato de ser visto apenas como um CD instrumental. Como você analisa esta situação?
Rodrigo Olivera – Uso a guitarra para me expressar. Sou um péssimo cantor, então minha voz sai através do instrumento. Creio que uma pessoa que não tenha algum contato com a guitarra ou música instrumental de forma geral, consiga ouvir esse tipo de CD do começo ao fim, mas quero acreditar também que aquelas que se aventuram, acabam tendo uma surpresa positiva. Se você tirar os rótulos, a MÚSICA sempre fala, mas alto.

AIR – Nesta sua passagem por todo o sudeste brasileiro podemos deduzir que os shows não serão com a sua banda, certo?
Rodrigo Olivera – Sim, é complicado. Normalmente o contratante quer o artista, mas não quer pagar muito. Um workshop de guitarra, por exemplo, os garotos verão o guitarrista, mas eles não se ligam em quem está tocando com ele. Se todos percebessem a importância de uma banda tocando bem qualquer estilo musical, acho que até nossa cultura seria diferente. Hoje os músicos que me acompanham quando posso levá-los, são: Águia batera e Hugo Luna na bateria (revezado de acordo com a agenda), Cassius Barros no baixo (essa parceria já tem mais

                                      de 10 anos) e Diego Sena ou Yuri Alonso nas guitarras. Quando eles não vão, levo os “invisíveis”! (Risos)...
AIR – Você já tocou em muitas bandas de estilos diferentes. Você não teme que alguns fãs do SEU som se manifestem negativamente?
Rodrigo Olivera – Na realidade eu gostaria sim que eles tomassem um choque de realidade e vissem que boa música não tem “rótulos”, e digo mais, acho que todo guitarrista brasileiro deveria ter contato com ritmos brasileiros. Acredite, minha mão da palhetada ficou muito mais precisa depois que passei a tocar axé, forró, funk... Se o cara gosta do meu “som”, ele vai perceber alguns desses elementos “diferentes” um dia.

AIR – Este é o seu primeiro CD solo em um intervalo de apenas dois anos da última produção com a Base forte. O que podemos esperar de novo nos shows, nas próximas produções e o que será mantido nos mesmos?
Rodrigo Olivera – Com a Base, estamos divulgando o EP EQUILÍBRIO e estamos em estúdio terminando o primeiro cd que se chama O CIRCO CAPITAL. Estamos realmente empolgados com esse projeto que leva muito da personalidade pessoal e musical de cada músico. Nos shows, teremos algumas novidades interessantes e curiosas, o que posso adiantar por hora que rock’n roll não faltará!  
AIR – Todos os membros da Base Forte e da sua Banda solo têm projetos paralelos. O quanto você acha que isto influencia quando a banda se reúne para compor visando um novo CD.
Rodrigo Olivera – Eu acho o máximo tocar com outros músicos! Sempre renova as idéias, por exemplo, cada baterista tem uma pegada, um feeling diferente, e isso também faz com que você toque diferente. Quando voltamos ao trabalho com a  banda estamos super ansiosos e borbulhando de idéias.Se isso faz a musica melhorar, é sadio e produtivo para todos!  
AIR – Os músicos da Base Forte são considerados virtuosos por muitos fãs. Partindo dessa afirmação você concorda quando dizem que a Base Forte é uma banda de músicos para ser ouvida apenas por músicos?
Rodrigo Olivera – Eu acho lamentável quando o fã só se liga na capacidade técnica do musical do músico e não aprecia sua musicalidade de forma plena. Usamos a técnica a serviço da música e não ao contrário. É muito gratificante quando o cara chega e diz, “sua música mexeu comigo”, do que as tradicionais “quantas palhetadas você consegue dar por segundo?”. E a letra, que é a mensagem principal e está acessível a todos, não só aos músicos.

AIR – Após a saída de Felipe Velozo, nenhum baixista foi efetivado no grupo. Por quê? Pretendem ter mais um membro fixo? Quais predicados esta pessoa deve ter para integrar a Base Forte? 
Rodrigo Olivera – O Felipe é um grande músico, temente a Deus e um grande amigo. Fiquei triste com sua saída, mas tudo correu muito bem sem nenhum trauma. No momento temos revezado com alguns baixistas nos shows da Base, mas o cara que assumir o posto antes de qualquer coisa tem que ser um servo ativo de Cristo aqui na terra. O resto se ajeita. Tudo o que temos é presente de Dele, e tudo que fazemos é pra Ele, e isso não pode mudar.

AIR – Bem, eu não sei se você já pensou nisso, mas como você acha que ficaria o disco "O Circo Capital" se você o tivesse produzido sem o Bênlio Bussinguer? Fale sobre a sua parceria de quase oito anos com ele...
Rodrigo Olivera – Bênlio é mais que um amigo, é um irmão pra mim! Nossa parceria não começa na música, ela vem pelo respeito e admiração que temos um pelo outro. Eu realmente não faço a menor idéia de como seria “O Circo” até mesmo o “Seven” feito só por mim ou por ele.  Nossas idéias sempre se completam mesmo que leve um ano. É incrível como ele pega alguns riffs meus e transforma em uma música completa em poucos dias! Sua criatividade pra compor melodias e escrever letras é algo realmente que vem de Deus e isso me empolga muito.

AIR – Muitos associam o som da Base Forte e até mesmo o seu trabalho solo ao Dream Theater. Comparando as bandas, o que você acha disso?
Rodrigo Olivera – Acho isso bom! O DT é considerado uma excelente banda, ruim seria se fosse comparado com o Chimbinha.

AIR – O que você tem feito ultimamente? Produzindo bandas? Tocando? Algum destaque?
Rodrigo Olivera – Meu foco atual é promover o SEVEN e terminar as gravações da Base. Tenho feito alguns workshops e show como freela, tenho trabalhado muito no meu estúdio de gravação e algumas bandas realmente merecem o meu respeito. Dou um destaque especial para a Banda Mistério e Attitud Vital que são aqui do Rio de Janeiro.

AIR – Você produziu muitos discos de metal, gospel, pop... Mas qual tipo de música você ouve na sua casa?
Rodrigo Olivera – Nossa! Não se assuste, mas eu vou de Kelly Clarkson a Pantera feliz da vida! E eu não consigo parar de ouvir os CDs do Stryper.

AIR – Existe alguma banda que você gostaria de trabalhar, mas nunca foi convidado?
Rodrigo Olivera – Os caras do Stryper sempre me ligam, mas eu nunca tenho tempo! (gargalhadas gerais).

AIR – Cite alguns produtores que são do seu agrado...
Rodrigo Olivera – No pop: Rodney Jerkins. No metal: Rick Rubin. Um cara que eu acho muito bom produzindo é o Mike Portnoy.


AIR – Bom, vamos falar de Breeding Fear (Total insanity – 2009). Você trabalhou bastante com a banda, por um longo período e teve até um reconhecimento da sua produção feito pela revista Rock Brigade. Conte-nos essa história, como foi o primeiro contato com a banda, o que chamou sua atenção na música deles, etc... 
Rodrigo Olivera – Foi simples. O Leo (guitarrista da banda) apareceu no meu estúdio aqui no RJ e me falou que queria gravar. Trabalhamos uns seis meses na produção do EP da banda. Nos identificamos muito ao longo do trabalho e viramos amigos. Num desses dias ele me ligou dizendo que iriam voltar pro estúdio pra gravar o CD full. Ficamos todos muito felizes com as frases da Brigade elogiando a produção e que poderiam esperar um grande disco de metal em breve, se comparados ao EP.   

AIR – Há algum artista novo que lhe chamou atenção nos últimos anos?
Rodrigo Olivera – Novo, não! Eu olho pro mercado fonográfico e vejo tantas cópias de tantos caras bons que nem ligo se tem banda ou artista novo no momento. Claro que sempre tem um John Mayer que surge fazendo boa música por aí, existem milhares de músicos talentosos espalhados pelo mundo. O que eles esperam pra fazer novidade? Comecei a fazer uma pesquisa que rendeu bons resultados, o que os caras que eu gosto gostam de ouvir? Já descobri tantos artistas bons dos anos 80, 70, e 60 dos quais nunca tinha ouvido falar. Recomendo a todos que querem ouvir coisas novas e atuais: Voltem no tempo!

AIR – Alguma mensagem?
Rodrigo Olivera - Aproveite seu tempo para as coisas boas, estude música, não entre em competições do tipo “vamos ver quem toca mais?”. Meu pai me ensinou que a única coisa que temos de verdade nesta vida é nosso nome, e depois que formos dessa para outra vida, a única coisa que fica é o nome! Os carros, as guitarras, etc., ficarão e apodrecerão, mas seu nome ficará até Cristo voltar. Como você quer ser lembrado?
Obrigado pelo espaço e que Deus abençoe a todos.

AIR – Para finalizar, complete esta frase: A cena musical do Rio de Janeiro atualmente...
Rodrigo Olivera – Renascendo a passos de bebê, mas com a força de um búfalo. 









Filho do grande instrumentista Irio de Paula de quem herdou o dom por esses instrumentos
e sobrinho do magistral baterista Robertinho Silva.


AIR - Tendo toda uma dinastia de excelentes músicos ao seu redor como foi a sua iniciação musical?
 Robertinho - Pra falar a verdade a musica não me interessava ate que aos 14 anos quando fui pra Itália e vi o meu pai depois de 12 anos, antes eu queria ser jogador e futebol e cheguei a jogar nas categorias de base da Lazio de Roma,
 Mas fui picado pela mosca do violão e não quis mais saber de futebol, podia estar muito bem hoje, mas antes disso sempre tive a figura do Robertinho Silva como referência.

AIR - Lembro bem de você, Sidão, Renan, Ronaldinho Silva e seus irmãos, Luiz Carlos Batera, Jamil Joanes e tantos outros jovens e experientes músicos
nas famosas segundas instrumentais  no Grêmio de Realengo, isso na década de 80.   Como foi essa época?
Robertinho  -  Eu sou primo do Ronaldinho Silva e com ele conheci o Sidão Santos e o Renan,  Sidão era um amigão e é ate hoje e com o Renan eu ia pra casa dele e ficávamos tocando o dia todo, ele já era muito bom musico naquela época.
As segundas instrumentais  eram maravilhosas, sempre  cheias,  muito boa aquela  época.
E tinham as duas pessoas que quebravam os nossos  galhos, O Gugu no som e o Zé Russo que ia me pegar em casa na sua Variant  ele era um jazzófilo  com vários discos ( vinil)  em casa, eu ia sempre a casa dele escutar musica, ele tinha tudo de jazz!

AIR  -  Você é autodidata?
Robertinho   -  Sou  completamente autodidata, aprendi muito escutando discos principalmente do meu pai lembro de que em casa tinham outros dois discos que eu escutava muito, Wes Montgomery e Oscar Peterson, não tirava solos, mas  ficava tentando entender as improvisações e era fascinado pela mão esquerda do  piano.

 Air -  Que tipo de música  você  ouvia naquela época,  quais os músicos que realmente contribuiram  pra sua formação musical,
e o que você  ouve hoje em dia?
 Robertinho  -  Eu ouvia essencialmente jazz e musicas brasileiras quase  sempre instrumental  como Baden Powell ,  meu pai e o disco do Robertinho Silva MPBC que é um dos melhores discos instrumental que já  escutei!
Meus guitarristas preferidos são:   WES MONTGOMERY, IRIO DE PAULA,  PAT MARTINO, TONINHO HORTA,  gosto muito deles,  mas eu tenho o meu estilo próprio  apesar de escutar esses guitarristas.
Violonistas preferidos são: IRIO DE PAULA, BADEN POWELL, gosto  muito do RAFAEL RABELLO também.
meus músicos  preferidos são HERMETO PASCOAL, ASTOR PIAZZOLLA, MILES DAVIS...
músicos  brasileiros eu adoro o TONINHO HORTA,  ROBERTINHO SILVA,  MARCIO BAHIA,  NEY CONCEIÇÃO e outros...
Eu ultimamente estou escutando muito MILES DAVIS, mas  escuto muitas coisas como, JACO PASTORIUS,  MONK, BADEN POWELL, MILTON NASCIMENTO,  CHICO BUARQUE e outros.

Air-Você  viaja sempre em turnê pra Europa, me fala um pouco dessa experiência e como foi a sua primeira vez,  rsrs?
 Robertinho - Pra falar a verdade eu comecei a tocar na Itália com 14 anos em um espetáculo brasileiro onde eu tocava três músicas sozinho com o violão.
Na primeira vez foi muito complicado era um menino e tremia igual  vara  verde ahahahah.
O musico brasileiro é respeitado lá fora principalmente os mais conhecidos como Hermeto Pascoal, O Yamandú Costa esta começando a ficar muito conhecido por lá. O Hamilton de Hollanda  também.  Na Itália onde eu toco mais eu e o meu pai somos referencias do violão brasileiro  o Baden também, mas somos muito respeitados como jazzistas também o que é difícil  nos músicos brasileiros exceção para o Toninho Horta que é também conhecido também  pelos trabalhos jazzísticos. Outra coisa que eles admiram muito e a versatilidade que eu tenho pelo fato de tocar violão como violonista mesmo e guitarra jazz tradicional não misturando cada instrumento na sua...
A música brasileira e referencia no mundo todo, hoje em dia quase todos os músicos  tocam bossa nova.
A diferença fundamental e que na Europa tem varias gravadoras de musica instrumental e vários festivais de jazz eu  já toquei em vários e só na Itália são quase 500 festivais de jazz no verão europeu!





Air- Vamos falar um pouco sobre seus CDs lançados e os seus planos pro futuro.
 Robertinho  -  O meu primeiro disco "BATE PAPO" IRIO DE PAULA E ROBERTO DE PAULA DUO, foi considerado um dos melhores discos de 2004 na Itália.
Depois saiu um disco em duo com uma cantora italiana  "ROMA RIO"  NADIA CANCILLA & ROBERTINHO DE PAULA
Em 2010 um disco que eu gosto muito " RODA DE BOSSA" NOSSA ALMA CANTA SPECIAL GUEST ROBERTINHO DE PAULA.
Em 2011 saiu o disco "CORES" ROBERTINHO DE PAULA  -  ALBERTO IOVENE  -  CAMILLO PACE - PASQUALE ANGELINI distribuido  em toda Europa e Japão.
Em 2011 saiu  meu primeiro disco no Brasil " NATURAL " ROBERTINHO DE PAULA

O Próximo lançamento será  " VERA CRUZ" VERTERE STRING QUARTET & ROBERTINHO DE PAULA e faremos uma tournée em  vários países.  Esse disco é muito interessante,  são músicas brasileiras com arranjos de música clássica com violão e quarteto de cordas.
E  também  no fim de ano gravarei  mais um disco solo de  violão ao  vivo aqui no Brasil
 Em junho retorno pra Europa pra tocar na Itália, Holanda e na Grécia...
Meu sonho é um dia ter o reconhecimento aqui no Brasil igual a o que eu tenho na Europa...

    



            ALGUNS FESTIVAIS E SHOWS





DIZZY'S JAZZ CAFE ROTTERDAM HOLANDA  - ROBERTINHO DE PAULA TRIO

Robertinho de Paula myspace > Clique aqui!










CASSIUS BARROS FALA DE SUA CARREIRA SEU CONTRABAIXO E DE SEUS AMIGOS




Cassius Barros, baixista que tocou entre outras na banda Paradigma e Eternal Flame, hoje ao lado de guitarristas como Danyel Campos, Rodrigo Olivera e Daniel Hunter, Esta firmando um trio instrumental composto pelo Tecladista Rafael Martins e o baterista André Fróes, onde convidam vários músicos para participarem da Jam e cada noite é uma surpresa!

Entrevista concedida a Agenda Instrumental Rio (AIR).
AIR > Quais são seus projetos para o futuro próximo? Você pretende continuar com o trio? Você tem vontade de voltar com a Paradigma?
Cassius Barros > Eu estou trabalhando agora em um novo momento da minha vida musical com o trio, ao mesmo tempo gravando cd’s de guitarristas, toco em uma big band de baile e espero, sim, um reencontro com a Paradigma.
AIR > Você se preocupa com o fato da Paradigma ser conhecido por algumas pessoas apenas como "a banda que só toca hard rock”? Você se mostrou um músico completo ao tocar em bandas de estilos diferentes.
Cassius Barros > Isto não me preocupa. Eu gosto muito de hard rock. Porém, no momento, eu estou curtindo músicas com mais “brasilidade”.
AIR > Qual estilo você mais gosta de tocar e ouvir?
Cassius Barros > Tudo é o momento. Curto muito o som dos Funky Brothers (Motown). Agora estou apaixonado pelos temas instrumentais antigos do Eumir Deodato, Ed Lincoln...
AIR > Como você se sente sendo chamado para tocar em vários trabalhos de propostas diferentes?
Cassius Barros > É uma incrível honra. Porém eu ainda tenho muito a aprender.
AIR > Alguma banda ou artista em especial fez você querer estudar e desenvolver sua técnica?
Cassius Barros > Nico Assumpção, Marcus Miller e Billy Sheehan! Eu já tinha uma noção de musica, mas quando vi o dvd e ouvi essa galera da pesada, comecei a me interessar pelo contrabaixo e a me perguntar como um mesmo instrumento pode ser tão versátil!
AIR > Você costuma ouvir e analisar seus shows? Há alguma coisa que você sinta falta no baixista Cassius Barros?
Cassius Barros > Eu normalmente não vejo um show depois que ele fica pronto porque eu gastei tanto tempo trabalhando nele... Posso enjoar logo de cara! Eu gosto de ouvir alguns meses depois. Com algumas coisas eu fico feliz, e outras eu gostaria de mudar, mas geralmente fico feliz com a maior parte do trabalho que eu faço.
AIR > Quais foram suas maiores dificuldades quando você estava aprendendo? Você teve alguma dificuldade em uma técnica ou outra? Como você superou isso?
Cassius Barros > Eu realmente nunca pensei sobre isso. Eu apenas toco. Eu cometi muitos erros, mas os shows ao vivo e o público foram o mais importante. As pessoas gastam muito tempo trabalhando em muitos detalhes. Saia e toque! Ouça de tudo! Aproveite! Conheça garotas! Gaste suor tocando!
AIR > Há algum músico da nova geração que você ouve e diz: "Meu Deus, ele é realmente bom!"?
Cassius Barros > Diego Sena! Impressionante.
AIR > Analise e comente o trabalho desses músicos e bandas:
AIR > Rodrigo Olivera.
Cassius Barros > Ótima técnica! Excelente produtor! Impressionante músico!
AIR > César Castro.
Cassius Barros > Excelente integração de baixo e bom gosto em uma grande banda progressiva. Eu gosto muito do seu modo de tocar.
AIR > Eli Menezes.
Cassius Barros > Eli é ótimo! Que talento! Foi uma honra dividir palco com ele! Timbre impressionante também!
AIR > Alexandre (Bebeto) Mangeon.
Cassius Barros > Mais pessoas deveriam conhecê-lo. Grande músico. Feeling bacana. Timbre excelente.
AIR > Danyel Campos.
Cassius Barros > Meu brotherzão! Dany é único.
AIR / Refúgio.
Cassius Barros > Eu adoro rock progressivo antigo (Genesis c/ Gabriel, King Crimson), logo eu gosto do que o Refúgio tem feito nesse estilo. Muito criativo. Aprígio Berthold impressiona com as letras. Uma mistura de Dream Theater cantando Beto Guedes!
AIR > Celtha.
Cassius Barros > Eu amo essa banda! Dividir palco pelo Rio de Janeiro com o Celtha foi uma das melhores experiências de música e amizade da minha carreira!
AIR > O que você sabe sobre a música brasileira? 
Cassius Barros > Eu adoro música brasileira! Mas ainda assim acho que perdemos um pouco das raízes. Precisamos resgatar as gravações antigas...
AIR > Como foi a experiência de tocar no Armazém do Jazz com pessoas de diferentes estilos?
Cassius Barros > É sempre bom tocar com ótimos músicos e amigos. Quando tem musica instrumental e rock envolvido, toco duas vezes mais forte!
AIR > Então podemos esperar o seu trabalho com o trio por aqui em breve?
Cassius Barros > Eu amaria tocar no Armazém novamente. Eu estou muito feliz de ter feito amigos lá. Muita gente manda e-mails (isso é legal)! Foram ótimas noites, nunca esquecerei e vou trabalhar para que isso aconteça de novo. Quero estrear meu novo baixo feito pelo luthier Aloísio Nogueira. Só que agora farei algo com o meu trio. Menos rock e com mais convidados.

Nossa segunda entrevista é com o jovem guitarrista Mateus Starling

Mateus Starling faz parte de uma promissora geração de guitarristas, tendo se destacado ao redor do mundo com o seu cd solo Kairos lançado em 2009. O cd reflete influências de jazz, free-jazz, musica brasileira, rock e fusion. Dono de uma linguagem peculiar de improvisar e compor o guitarrista Mateus Starling fala um pouco mais do seu trabalho, sua experiência de morar por 4 anos nos EUA e de ter estudado na mais prestigiosa faculdade de música do mundo a Berklee College of music de Boston. Site: www.mateusstarling.com.br

Fale um pouco de como você começou a tocar guitarra?

Comecei a tocar com aproximadamente 12 anos de idade no violão, mas desde o começo queria a guitarra. Nessa época me interessava por bandas de rock pesado, mas logo comecei a me apaixonar por todos os gêneros de música. Aos 16 anos de idade comecei a tocar guitarra profissionalmente.

Como veio o gosto pelo jazz, fusion e como você migrou do rock pesado ao tipo de som que faz hoje?

Acredito que a música se conecta entre os estilos, no fim tudo é música e tudo é para a apreciação, então, foi um caminho natural começar a ouvir outros estilos de música, até porque a fusão da música já existe de maneira muito forte na nossa cultura antes mesmo do meu nascimento. Hoje me vejo pegando todas essas minhas influências que sofri ao longo de minha vida e tocando da minha maneira, sem preconceito, parece clichê, mas para mim só existe 2 tipos de música a boa e a ruim.

Fale um pouco do seu cd e do Mateus Starling quarteto.

Gravei o meu cd em 2008 quando estava no ultimo semestre da Berklee e lancei em 2009. Toquei com colegas muito talentosos e que hoje são expoentes na música instrumental no mundo. Naquela época eu tinha as minhas composições e estava buscando músicos que tocassem jazz, free jazz e tivessem também a atitude do rock and roll. No fim das contas deu tudo certo, gravamos o cd em formato de quarteto em algumas horas ao vivo no estúdio e graças a Deus o cd foi muito bem recebido no mundo inteiro.
Agora no Brasil o meu quarteto é composto por músico brasileiros que também tocam de tudo e são músicos atuantes no mercado e de qualidade inquestionável: Lúcio Vieira (bateria), Berval Moraes (baixo) e Júlio Merlino (sax), antes do Lúcio quem estava tocando bateria era o grande músico e amigo Pascoal Meirelles que no momento não está mais morando no Brasil.

Fale um pouco da sua proposta sonora.

A proposta do meu quarteto é tocar uma música mais livre, usamos muitos elementos do free jazz e do atonalismo, mas não nos rotulo dessa maneira, pois também usamos elementos da música brasileira, do rock e do fusion, enfim, não fico pensando em qual prateleira o meu cd vai ficar, simplesmente toco o que me agrada. No meu cd Kairos todas as músicas eram abertas no solo, sem tonalidade e sem forma e isso deu muito espaço para a banda reagir e tocar junto, criando algo naquele momento. Eu nunca quero perder essa característica da liberdade no meu trabalho.

Quais os próximos projetos?

Esse ano vamos lançar o novo cd do quarteto, já estamos com o repertorio praticamente finalizado. É uma banda em que tocamos juntos por um bom tempo, ou seja, todo mundo já entendeu bem a minha proposta. Temos muitos músicos talentosos no Brasil, mas foi muito difícil achar músicos que tocassem de uma maneira livre, mas graças a Deus encontrei os caras certos para embarcar nessa viajem.
Fiz também uma participação no cd “guitar Project” do baterista Pascoal Meirelles que acredito que deva estar saindo esse ano.

Como foi a experiência de ter morado nos EUA e estudado na Berklee?

Foi muito especial. Ganhei uma bolsa em 2004 e senti uma direção de Deus para largar tudo e ir com a minha esposa. Hibernei musicalmente por 4 anos, foi um tempo importante da minha vida, estudei e toquei com grandes mestres da música e que me transformaram musicalmente para sempre. Além disso tem também o lado pessoal e espiritual, foi um grande amadurecimento para mim.

Deixe uma mensagem final.

Gostaria de falar a respeito do meu material de ensino através de vídeo aulas. São mais de 40 títulos de video aulas diferentes, com grandes dicas de música. Não deixem de checar no meu site onde você também encontra mais sobre a minha carreira, matérias nas revistas, vídeos e o meu som (www.mateusstarling.com.br)
A música já esta dentro do ser humano, mesmo um ser humano isolado de toda a sociedade tem uma música que pulsa dentro do coração. Não existe uma pessoa que não goste de música. O dom da música é dado de Deus para o homem e ele não negou esse dom a ninguém. Meu desejo é que todos você possam ter uma vida abençoada com muita música e, sobretudo com a presença de Deus em suas vidas.
Grande abraço.
Mateus Starling




Site Oficial do guitarrista Mateus Starling








Iniciamos com uma entrevista com o pessoal do quarteto No Olho da Rua.

1) Como tudo começou?
Começou em Jacarepaguá! Na casa do baterista Theomar Ferreira. Eramos 4 músicos ensaiando para um show de uma cantora: Theomar Ferreira (bateria); Roberto Alves (piano); Xandy Rocha (baixo) e Paulo Rego (saxes e flauta). Após o ensaio, os músicos continuaram a tocar livremente, temas da bossa nova, com muita liberdade e muitos improvisos. Aí, alguém perguntou: Por quê não fazemos esse som na rua? E, num dia da semana seguinte, estavam os 4 tocando na calçada em frente ao Clube Bola Preta, ao lado do Teatro Municipal, no centro do Rio de Janeiro. Isso foi em março de 1997.

2) Daí o nome  No Olho da Rua, não é?
Isso. Ficamos sem nome durante 1 ano. Porém as coisas foram ficando mais sérias. Alguns contatos para shows, pessoas interessadas em saber aonde tocaríamos e qual o nome que deveriam procurar. Fizemos até plebiscito no calçadão da Praia de Ipanema. No final, acabou que o nome escolhido foi o sugerido pelo Xandy e que está aí até hoje.

3) São quase 14 anos de vida. Quando foi gravado o 1o CD?
A gente tocava e arrecadava dinheiro na capa do bumbo da bateria. Passados 2 anos, já tínhamos uma boa quantia e deu pra alugar o Drum Estúdio por 2 dias, com direito a piano. Isso foi em 1999. Ensaiamos bastante e fizemos tudo nesses dois dias. Gravação ao vivo, logicamente. Todo mundo tocando junto e sem direito a consertos futuros. Foi maravilhoso! Muita energia e muita emoção. Obviamente tem alguns pequenos erros. Por exemplo, na música "O Trenzinho do Caipira" eu toquei  a primeira parte três vezes, ao invés das duas que foram combinadas. Ficou assim! Comentei com o Theomar: "Poxa cara, eu errei!" e ele respondeu: "Tá bonito! Música é igual filho, se nascer com 3 orelhas é lindo!". Esse foi o clima!
4) Depois desse, mais quantos gravaram?
Ao todo foram 5 CDs e 1 DVD:
1999 - Hard Bossa
2001 - O Feijão da Brê
2004 - Sacopenapã
2007 - Ele é Carioca
2009 - Experiência n°12 (CD e DVD)
5) E vocês continuam tocando na rua?

Sim! Nosso principal ponto agora é a Praia de Ipanema. Aos domingos, de manhã, no calçadão entre as ruas Garcia d´Ávila e Maria Quitéria, perto do Posto 10. A gente puxa a luz do quiosque Pára Raio, nosso parceiro há mais de 10 anos, e tocamos durante 3 horas sem parar! É uma das melhoras coisas que fazemos. Tocamos sempre o que queremos, da forma que queremos e o público é muito receptivo. Até porque só os que gostam param pra ouvir!
6) Além de tocar na rua aonde mais vocês tocam?
Em 2010 começamos a aparecer mais fora do Rio de Janeiro, com alguns shows em São Paulo, Minas Gerais e Brasília, no Clube do Choro, e uma viagem para Nova Iorque, aonde nos apresentamos em Manhatam e Ithaca mas o nosso principal ponto, além da Praia de Ipanema, tem sido o Santo Scenarium, ali na Rua do Lavradio, na Lapa. Mas também temos tocado em alguns outros lugares como: SESCs, Centro de Referência da Música Carioca, Centro Cultural Carioca, Teatro Rival e.... no Armazém do Jazz, sempre que possível. Aliás, aí no Armazém é aonde temos o nosso melhor público. Gente que conhece música e que nos apóia com muito entusiasmo. Bom demais!
7) Como foi a história de vocês terem ganho uma página inteira no livro Rio Bossa Nova, de Ruy Castro?
Estávamos tocando na Praia de Ipanema. Tocamos "Cidade Maravilhosa" e era a última música do dia. Quando estava colocando o sax soprano no pedestal ouvi uma voz dizendo: - "Em que disco tem esse arranjo de "Cidade Maravilhosa"?. Quando olhei era o Ruy. Respondi: - "No próximo!". Ainda não tínhamos gravado essa música. Aí ele pediu para avisar quando o disco saísse e perguntou aonde mais tocávamos bossa nova daquela forma. Eu respondi: -"Aqui mesmo na Praia de Ipanema. Precisa mais? Aqui é o epicentro da bossa nova!". Aí ele me pediu um telefone e na semana seguinte me ligou avisando que estava escrevendo o livro e que iria mandar uma equipe fotográfica fazer umas fotos nossas. Parecia inacreditável! Mas foi verdade! Tá lá pra quem quiser ver!

8) A Praia de Ipanema é uma grande vitrine. Vocês devem ter boas histórias por lá, não é?
Sim, a cada dia colecionamos mais.
Uma das mais interessantes deu origem a um vídeo no youtube chamado "Terry Crews meets No Olho da Rua".
Estávamos tocando "Cortejo das Almas", música do nosso pianista, Leandro Freixo. Aí aparece aquele cara de 2 metros de altura, cheio de músculos e, pra nossa surpresa, começa a dançar. E dançar super bem! Quase não consegui tocar de vontade de rir! O cara é muito grande! Dançou a música toda e depois foi lá falar conosco: "Amazing men! Amazing!". Filmaram e está no youtube com mais de 50.000 visitas!
9) São muitos os fãs? Como vocês sentem o amadurecimento do quarteto?
Não sei se são muitos os fãs mas com certeza são muito fiéis! Na verdade, tornam-se amigos!
Quanto ao amadurecimento, ele é fruto do nosso próprio amadurecimento individual, como músicos, somado a nossa autoconfiança e ao reconhecimento que temos recebido de fãs, artistas e crítica. É um longo e interminável processo. Melhorar sempre é uma aspiração eterna.

10) Quais os planos para 2011?
Os principais são: tocar em Festivais de Jazz, no Brasil e no exterior e gravar o nosso 6° disco.
Para os Festivais, contamos com a ajuda do nosso produtor, Cláudio Paula ([21] 9123-3815 ou [81] 9139-9169), que está trabalhando forte nesse sentido! Segundo ele, já estamos escalados para o Savassi Jazz Festival, em Belo Horizonte, no mês de agosto e temos alguns outros em pauta, com boas possibilidades de efetivação, tais como o Festival de Jazz & Blues de Guaramiranga (CE) e o Festival de Blues e Jazz de Garanhuns (PE) e de 4º Poços de Caldas Jazz e Blues Festival (MG), todos em avaliação pela curadoria responsável pela seleção.
Para a gravação do disco, estamos com um projeto aprovado na Lei Rouanet e com muita esperança de captar a verba. Trata-se de um projeto elaborado com a participação do escritor Ruy Castro que, dentre outras coisas escolheu o repertório. Conta também com a participação do Charles Gavin na produção artística.





 
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